24/04/2010

Palmeiras, prazer em te conhecer!

Nossa paixão começou por volta dos meus 9 ou 10 anos, é difícil me recordar. Lembro que no início foi difícil escolher, meu avô era gremista até os dentes e me lembro até hoje de um guarda-chuva de cabeça que ele me deu.
Meu pai corinthiano doente - desculpem a redundancia - daqueles de brigar e até olho roxo ficar, minha irmã como boa puxa-saco que sempre foi seguiu os passos do meu pai. Minha mãe era neutra, ou seja, torcia pra quem ganhava e meu irmão era palmeirense.
Comecei então a busca pelo meu time do coração, primeiro quis torcer para o Flamengo, mas essa idéia não vingou, por uma fração de segundo quase cometi a loucura de torcer para o São Paulo, devo ter tentado algum time gaúcho também (não assumo em público nem sob tortura), mas nenhum deles fazia meu coração bater mais forte.
Dizem que escolher um time é como se apaixonar por alguém, e literalmente essa foi a minha decisão final.
Havia no colégio um menino por quem eu era muito amiga e apaixonadinha, o bendito era palmeirense, com isso passei a me interessar pelo time e assistir aos jogos, tinha vezes que eu até me arrepiava.
Além de que era extremamente divertido ver o meu pai possesso vendo o Palmeiras ganhar do timeco dele, risos. Apesar de que ele nunca insistiu ou tentou nos influenciar sobre nossas escolhas e sempre deixou muito claro o respeito pelo time um do outro.
Certa vez, em um jogo importante, clássico daqueles que abrir a boca ou passar na frente da TV era briga na certa. Resolvi esboçar qualquer tipo de reação, de repente, como raras vezes na vida, meu pai lançou o olho sobre o chinelo e a corrida começou, pulei pelo carpet que estava enrolado no canto da sala, isso me deu algumas vantagens, corri para o quarto, fechei a porta e sabe-se lá porque me fechei no guarda-roupa?!! Eu sei eu sei, merecia apanhar mesmo, afinal meu guarda-roupa, apesar de eu querer muito, não tinha nenhuma passagem secreta pra outra dimensão =/
Longas histórias se perpetuaram ao longo do tempo entre eu e o Palmeiras.
Teve uma vez, libertadores, pênaltis e acabou a luz no finalzinho do jogo, comecei a caçada por pilhas para ligar meu ~walkman~ e pasmem ouvi os pênaltis pelo rádio mesmo, foi um dos momentos mais tensos da minha vida inteirinha.
Durante 24 anos sonhei com o nosso encontro, poder ver meus ídolos, ou parte deles, ao vivo e a cores.
Enfim, o dia chegou!
Na última quarta-feira o sonho se tornou realidade. Não consegui ver o time entrar em campo, mas vi Marcos, Diego Souza e Cia... Vi meu coração sair pela boca quando erramos o pênalti, ou quando o Atlético converteu um e os "comedores de amendoim" resolveram começar a cantar e pular, confesso foi bonito e ajudou a deixar o jogo mais emocionante. Com o resultado que estava, para decidir quem continuaria no campeonato seria nos PÊNALTI, comecei a pensar: "Querido, levamos tanto tempo para nos encontrar, não me deixe na mão assim!" Tão logo pedi e o gol saiu e arrá hurrul, classificamos. Pode ter sido um jogo ruim, não-digno das glórias do verdão, mas foi pra mim um momento emocionante. Desses que temos quando encontramos um grande amor ou alguém muito querido.
Por isso acredito que o futebol atraia tantos amantes e fanáticos, porque ele nos proporciona momentos únicos como esse que vivi na última quarta-feira.
Momento esse que quero viver algumas outras boas vezes nessa vida.
Palmeiras, o prazer foi todo meu!!!!

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