09/10/2012

Desabafo, será a hora de parar?



Minha cabeça anda fervilhando, são poemas, textos, livro, MBA, neurociência, política, mestrado, processo seletivo, ideias, ações, e eu, meus caros, estou sem trabalhar. Mas andei  me afastando da escrita para uma reflexão básica...

Alguns dias atrás, um também escritor procurou-me para falar sobre meus textos. Em suma, fez uma crítica em relação ao que escrevo. Seus argumentos foram de que não escrevo bem, meus textos não tem profundidade e com pouca sutileza.

Muitos poderão dizer, ignore isso pois não agrega.
Mas para mim agrega sim, não só agrega como me propicia mudanças.

Neste caso, ele realmente está certo. Nunca estudei para escrever, o máximo que aprendi foi o que aprendemos na escola, que sabemos não ser o melhor dos ensinamentos. Técnica para escrever? Processos e estrutura? Desconheço.

Nunca tive a pretensão de ganhar um Nobel da literatura, bem no fundo, jamais pensei que me intitularia como escritora, mas a vida muda, nossos sonhos e desejos também.

Depois dessa crítica que apesar de verídica foi dolorosa de ouvir, pensei em parar, voltar a escrever só para mim. Parar com as divulgações, a exposição. Porque afinal, esse é o preço que se paga por estar na vitrine.

Mas de repente, você recebe um convite para escrever um livro (novidade!), um leitor elogiando um poema, outro dizendo que o poema retratou o real momento daquela vida, pessoas compartilhando seu trabalho. Quem não pensaria em continuar?

Não é sobre agradar ou desagradar, atingir um público ou resguardar-se. Mas sim, sobre a disposição por melhorar isto.

Tenho comigo que tudo, vejam bem, tudo que faço deve ter dedicação e ter o meu melhor, caso contrário não deve ser feito. Foi assim durante toda a minha vida e é por isso que tenho meu nome associado a bons e excelentes trabalhos. Por que faria da escrita diferente?

Por esse motivo resolvi estudar. Resolvi me dedicar a entender o que de fato preciso para me tornar uma escritora consistente. Não somente uma escritora comercial e de baixas comparações.

Sempre escrevi com paixão, saibam vocês que até aqui raramente reescrevi um poema. Tudo que há em meu nome é fruto da mais intensa sensação que existe no meu coração. Sem técnica, sem instruções, sem auxílio.

Se isso não é um talento, ratifico meu desapreço pela exposição. Mas, não se assustem se daqui um tempo verem meu nome ligado a lindas palavras, dessa vez, bem escritas.

Meu objetivo em relação ao que escrevo é poder contribuir positivamente na vida das pessoas, se isso acontecer, jamais pararei de escrever.

Mas, será que talvez não seja, realmente, a hora de parar? Jamais!

Minha letra - Sobre escrever.



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