Minha
cabeça anda fervilhando, são poemas, textos, livro, MBA,
neurociência, política, mestrado, processo seletivo, ideias, ações, e eu,
meus caros, estou sem trabalhar. Mas andei me afastando da escrita para uma reflexão básica...
Alguns
dias atrás, um também escritor procurou-me para falar sobre meus
textos. Em suma, fez uma crítica em relação ao que escrevo. Seus
argumentos foram de que não escrevo bem, meus textos não tem
profundidade e com pouca sutileza.
Muitos
poderão dizer, ignore isso pois não agrega.
Mas
para mim agrega sim, não só agrega como me propicia mudanças.
Neste
caso, ele realmente está certo. Nunca estudei para escrever, o
máximo que aprendi foi o que aprendemos na escola, que sabemos não
ser o melhor dos ensinamentos. Técnica para escrever? Processos e
estrutura? Desconheço.
Nunca
tive a pretensão de ganhar um Nobel da literatura, bem no fundo,
jamais pensei que me intitularia como escritora, mas a vida muda,
nossos sonhos e desejos também.
Depois
dessa crítica que apesar de verídica foi dolorosa de ouvir, pensei
em parar, voltar a escrever só para mim. Parar com as divulgações,
a exposição. Porque afinal, esse é o preço que se paga por estar
na vitrine.
Mas
de repente, você recebe um convite para escrever um livro (novidade!), um leitor
elogiando um poema, outro dizendo que o poema retratou o real momento
daquela vida, pessoas compartilhando seu trabalho. Quem não pensaria
em continuar?
Não
é sobre agradar ou desagradar, atingir um público ou resguardar-se.
Mas sim, sobre a disposição por melhorar isto.
Tenho
comigo que tudo, vejam bem, tudo que faço deve ter dedicação e ter
o meu melhor, caso contrário não deve ser feito. Foi assim durante
toda a minha vida e é por isso que tenho meu nome associado a bons e
excelentes trabalhos. Por que faria da escrita diferente?
Por
esse motivo resolvi estudar. Resolvi me dedicar a entender o que de
fato preciso para me tornar uma escritora consistente. Não somente
uma escritora comercial e de baixas comparações.
Sempre
escrevi com paixão, saibam vocês que até aqui raramente reescrevi
um poema. Tudo que há em meu nome é fruto da mais intensa sensação
que existe no meu coração. Sem técnica, sem instruções, sem
auxílio.
Se
isso não é um talento, ratifico meu desapreço pela exposição.
Mas, não se assustem se daqui um tempo verem meu nome ligado a
lindas palavras, dessa vez, bem escritas.
Meu
objetivo em relação ao que escrevo é poder contribuir
positivamente na vida das pessoas, se isso acontecer, jamais pararei
de escrever.
Mas, será que talvez não seja, realmente, a hora de parar? Jamais!
Minha letra - Sobre escrever.
Não pára, não pára, não pára...
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